Copa 2018/ Rússia
Inglaterra x Croácia: páreo
duro valendo vaga na final
A segunda semifinal desta Copa do Mundo de 2018 reunirá Croácia e Inglaterra nesta quarta-feira. Temos um duelo equilibrado. De um lado um time croata que joga um futebol simples, mas que vem cansado pelo jogo passado contra os russos, que foi para a prorrogação e penais.
A Croácia, que busca sua primeira final de Copa, é um time que joga um bom futebol, e que joga um bom futebol, como jogadores de muita qualidade, com velocidade e envolvente e jogadores, que atuam em grandes clubes da Europa, com Modric e Kovacic, do Real Madrid, o meia Rakitit, do Barcelona, o atacante Mandzukic, da Juventus, o goleiro Subasic, do Mônaco entre outros. Adota um 4-4-2, que varia, usa cruzamentos e com a qualidade de seu elenco busca infiltrações em velocidade.
Do outro lado temos uma Inglaterra, comandada pelo ex-jogador do English Team, Gareth Southgate, que aposta as suas fichas numa seleção nova, que vem de dois títulos mundiais nas categorias de base. Um trabalho que visava resultados em 2022, no Catar, mas que surpreendeu na Rússia e chega a essas semifinais. Um time que vem com moral.
Um time que tem no elenco jogadores de alto nível, com Kyle Walker, lateral do Manchester City, o bom Harry Maguire,do Leicester, um Ashley Yong, do Manchester United, esse ótimo Dele Alli, do Totenham, Jesse Lingard, atacante do Manchester United, e por fim esse goleador chamado Harry Kane, do Totenham, que briga pela artilharia na Copa. Nao citei também o veloz Raheem Sterlingn, do City, que é da Jamaica, onde eu trabalhei.
Trata-se de um time que alterna passes curtos e longas na saída da defesa, bolas aereas que surpreendem com Maguire. Técnicamente gosto da Croácia, mas a Inglaterra cresceu muito e fisicamente é muito forte e um time de muito respeito. Times com um lastro internacional. Sem favoritos. vamos aguardar.
França na final
Falando da outra semifinal, do Mundial de 2018 na Rússia, França e Bélgica fizeram uma grande partida, com os belgas um tanto quanto melhores no primeiro tempo, mas a França equilibrou a partida e no inicio do segundo tempo marcou seu gol em bola parada (outra vez), com Umtiti e administrou bem a vantagem, embora tivesse sofrido a pressão adversária no restante do segundo tempo e, garantindo assim a vaga para a grande final.
O treinador francês usou um 4-5-1, dando muita moral para seus comandados, um time com grandes jogadores como o meiocampista Pogba, que junto com Canté organiza muito bem o meio,toques curtos e faz lançamentos para explorar a velocidade deste grande atacante M´bappe, que com apenas 19 anos se desponta como uma grande estrela do futebol mundial. O time francês ainda conta com um ótmo Verrane e um artilheiro, Grizzmann.
Superou uma Bélgica que atua num 3-4-3, muito bem comandada pelo espanhol Roberto Martinez,que tem uma boa variaçãode jogadas, dependendo do time, com esse ótimo centroavante Lukaku, que explorou bem o lado direito contra o Brasil, mas foi muito bem marcado pelos franceses; Time que tem ainda um De Bruyne, que não foi tão bem, mas é um grande jogador. E ainda Eden Hazard, que mesmo muito caçado e marcado fez boas jogadas na partida. Um time que durante o mundial desenvolveu um futebolo humilde, mas muito eficiente, podemos assim dizer, com velocidade e jogando no erro do adversário, como fez contra o Brasil.
Nos vemos na próxima.
Marcos Falopa - Formado em Educação Física na Universidade de Santo André, se especializou em futebol na USP; é graduado ainda na Itália e Espanha. Começou no Palmeiras, com passagem por Santos, como supervisor; passou por São Caetano (SAAD), Marília, União de Mogi ,Ponte Preta, Penapolense e Jacareí. Fez parte da diretoria da ABTF, Associação Brasileira de Treinadores de Futebol. Foi observador internacional em nada menos que nove Copas do Mundo: Espanha (1982), México (1986), Itália (1990), Estados Unidos (1994), França (1998), Coréia/Japão (2002) e Alemanha (2006), África do Sul (2010) e Brasil (2014). Trabalhou com equipes de base da Itália; comandou a Seleção de Omã, de 2005 a 2006; foi diretor técnico da Seleção da África do Sul, de 2002 a 2004, e, ainda diretor técnico da CONCACAF (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e do Caribe). Classificou a Africa do Sul para a Copa e na CONCACAF atuou no desenvolvimento do futebol na região. Foi observador da Fifa nas eliminatórias da Copa do Mundo de 2002 na Coréia e no Japão. E atuou num projeto da entidadepara a expansão do futebol para os quatro continentes e regiões mais diversas do planeta. Artualmente presta treinamentos e cursos na Uefa, Inglaterra, Escócia, Turquia, Itália, Espanha, Finlândia e outros países.