Volante fala da carreira, da passagem
pela Europa e elogia Paulo Roberto
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Eder falou de sua trajetória e agradeceu ao treinador Paulo Roberto/F: Jesus Vicente |
Rivail de Oliveira
Logo depois de assinar o contrato com o São Bento, as 17h
desta quarta-feira, 5 de julho, o experiente volante Eder, 29 anos, emprestado
pelo Red Bull Brasil, até o fim do
Campeonato Brasileiro da Série C, concedeu entrevista ao Esportivo Regional-SP.
E falou de tudo um
pouco. Desde sua carreira, passagem pelo São Bento, suas expectativas no clube de Sorocaba, da sua presença e lições que trouxe do futebol
europeu, onde jogou no inicio deste ano,
na Eslováquia, no Spartak. Eder falou ainda da importância do treinador Paulo
Roberto em sua carreira. Falou até um pouco da situação do Brasil e das esperanças de ver no futuro um
país melhor.
Eder Correia de Araújo, 29 anos, natural da capital paulista, disputou neste
ano o Paulista pelo Novorizontino onde fez nove jogos; atuou no Brasileiro da
Série D pelo Red Bull Campinas, com quatro
jogos e no início do ano atuou no Spartak Trnava, da Eslováquia, onde
fez sete jogos.
Em 2016 fez 14 jogos pelo
São Bento, e marcou dois gols; em 2014 e 2015 também jogou no time de Sorocaba
onde atuou 12 jogos; ainda em 2015 foram 21 jogos no Paraná Clube, do atleta
que iniciou a carreira em 2008 no CRB de Alagoas. O volante pode estrear já na
primeira rodada do returno contra o Mogi Mirim em Sorocaba, em duas semanas.
De volta à “casa azul”
e o atrajetória desde 2016
Eder falou de seu retorno ao clube: “Estou muito feliz de poder voltar ao
São Bento. Todos sabem o carinho que tenho pelo clube e gosto muito de
Sorocaba, eu e minha família e a expectativa e é que eu possa fazer um grande
trabalho e conquistar nossos objetivos e sermos felizes e mais uma passagem no
São Bento”.
O volante comentou sua trajetória desde 2016, do São Bento
para Europa e a volta ao Brasil: “Quando acabou o Campeonato Paulista passado, (2016),
pelo São Bento, eu tive uma proposta da Europa, do futebol eslovaco no Spartak.
Foi uma experiência muito válida na minha carreira, uma cultura diferente, onde
aprendi bastante coisa”,frisou.
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No Spartak: adaptação à dinâmica
e velocidade do jogo europeu/Arquivo |
Eder
falou da sequencia pós Euroa: “Depois voltei, tive uma proposta e disputei o
Paulistão pelo Novorizontino, e depois me transferi para o Red Bull e agora
estamos no São Bento com o campeonato em andamento, e com o intuito de poder
ajudar todos meus companheiros, dar o meu melhor para que possamos fazer um
grande campeonato”, destacou.
Dificuldades no “Velho
Continente”
e a forma de jogar na Europa
Eder recordou da sua passagem pelo futebol europeu: “Num primeiro momento tive
muitas dificuldades (principalmente com o idioma), mas isso é normal e aprendi
somente o básico que é cumprimentar as pessoas. Mas é muito difícil o idioma
(na Eslováquia), e sofri um pouco com a alimentação. Senti muita falta do nosso
feijão, que lá não tem, mas foi bom pra você aprender e pega uma certa
experiência. Mas depois fui me acostumando, me adaptando e no final foi uma
experiência muito válida” analisou Eder.
O jogador analisou a forma de jogar na Europa e a adaptação dos brasileiros,
principalmente do interior, que vão pra lá: “Uma das dificuldades que eu tive
lá (na Eslováquia e na Europa), foi na forma de jogar. Pela velocidade do jogo,
muito dinâmico. Do jeito que as equipes começam os jogos, elas praticamente terminam,
com a mesma pegada, correria”, lembrou.
O jogador disse que procurou se adaptar: “Aí, aos poucos eu fui pegando (o
jeito europeu de atuar), até por eu ser um jogador dinâmico e gosto de fazer
bastante ultrapassagens, mesmo jogando como volante, mas essa é a grande
dificuldade lá (para quem vem de fora).
Essa dinâmica, eles não páram de correr o jogo todo, são muito
obedientes taticamente, se não tem a mesma técnica que a gente tem (no Brasil),
correm muito e tem obediência tática” , exemplificou o volante
Agradecimento a Paulo
Roberto
O jogador ainda fez menção à importância do treinador Paulo Roberto, em sua
carreira: “Conheço o Paulo (técnico Paulo Roberto Santos), desde 2012, no
Arapongas, no Paraná e ele me trouxe para o Rio Claro e conseguiu o acesso para
a Série A1 em 2013, e na sequencia em 2013 me convidou para o São Bento e
subimos novamente para a A1 do Paulista em 2014", disse.
Para Eder o treinador foi uma das
pessoas fundamentais para minha volta: Agradeço a ele e comissão técnica e com todo esforço da
diretoria que fez o possível para que eu pudesse voltar aqui; já nos conhecemos
muito bem, a forma de jogar, de trabalhar e mais uma oportunidade de
trabalharmos juntos e conseguir os objetivos do clube e espero corresponder
dentro de campo”, agradeceu.
Esperança de dias melhores
Por fim, questionado, Eder falou de como vê a atual situação do Brasil, mas
afirmando que tem esperanças de dias melhores: “Sobre essa questão do Brasil de hoje, sabemos
do momento que vem passando e a gente vêm
acompanhando os jornais. Mas a gente tem que ter esperança que vá melhorar para
nós (brasileiros). Porque é uma coisa que vem afunilando cada vez mais e a
gente (tá pagando um preço muito alto com isso. Não sou de estar opinando,
muito de política e fico mais na torcida e na esperança que possa melhorar o mais
breve possível nosso Brasil”, finalizou.