Marquinhos Santos assume
e fala dos desafios no Azulão
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Marquinhos Santos: primeira coletiva/Adriano Castor/Band Sorocaba |
O
treinador Marquinhos Santos, assumiu o
São Bento de forma oficial nesta
segunda-feira, 2 de julho. Ele comandou um treino, falou com a imprensa e
depois no fim da tarde viajou com o grupo para Maceió, onde o Azulão enfrenta o
CRB nesta quarta-feira à noite pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro da
Série B. O Azulão é o 12º colocado com 17 pontos e vem de duas derrotas no
nacional. O treinador prometeu muito trabalho para manter o Azulão na Serie B,
para depois pensar em outros objetivos.
Na
primeira entrevista para a imprensa, Marquinhos Santos elogiou o trabalho de
seu antecessor, Paulo Roberto, que ficou cinco anos à frente do clube de
Sorocaba. Comentou ainda as dificuldades de assumir o clube neste novo ciclo e que uma filosofia
de trabalho tão longo não se muda do dia para a noite mas que aos poucos
implantará sua forma de trabalhar e estilo de jogo, com posse de bola e jogo
verticalizado, junto aos jogadores do São Bento, onde espera marcar época,
assim como fez o treinador anterior.
Santos
destacou ainda as dificuldades do São Bento e outros times de jogarem e e
vencerem casa e citou que trata-se de uma questão não somente técnica ou tática
mas mental, que estará sendo trabalhada.Frisou ainda que o primeiro passo é
conseguir uma vitória contra o CRB e chegar aos 45 pontos para a permanência na
Série B. Sobre a questão reforços, falou ainda que um grupo que ficou tantos
jogos sem perder tem todos méritos. E recordou que seu primeiro título como
treinador foi na região de Sorocaba, em Votorantim, pelo Atletico Paranaense,
na Copa Brasil sub-15 superando o Santos de Neymar e o Cruzeiro do atual palmeirense Dudu.
O treinador traz seu auxiliar Edson Borges para o trabalho no São Bento. Foram
mantidos os integrantes da equipe que vinha trabalhando com o agora
ex-treinador Paulo Roberto, segundo explicou o presidente Márcio Dias, que
falou em comissão técnica permanente e nova era e novo ciclo de vitórias para o
Azulão.
Confira os principais tópicos da
entrevista do novo treinador:
Respeito ao trabalho do
ex-treinador /Dificuldades ao assumir deste ciclo
“O São Bento
vem de uma sequência de conquistas e
resultados importantes com o Paulo Roberto. Na vida há ciclos, termina um e começa outro.
Esperamos ter o mesmo resultado como foi com Paulo Roberto. Quero dar
continuidade ao que ele vinha fazendo quanto aos resultados, mas colocando
minha metodologia e forma de trabalho. Uma felicidade quando fui convidado a
dirigir o São Bento um clube tradicional do Estado de São Paulo. Sobre
as dificuldades, o dia a dia irá dar as diretrizes. Não se muda uma forma, uma
filosofia de jogo trabalho do dia para a noite. A gente sabe que o Paulo tem um
modelo de jogo definido e alcançou os resultados esperados. Sabemos que o São
Bento almeja a partir de agora resultados expressivos a nível nacional e
estadual. No dia a dia vamos implementar o modelo de trabalho e filosofia de jogo
e quebrar todas barreiras contrárias e
sem traumas neste trabalho”.
Estilo de jogo/ Conhecer o plantel
Minhas
equipes jogam de forma bem compacta, como você viram quando eu dirigi o
Londrina naquela vitória (contra o São Bento). São times (meus), que jogam compactos
e em velocidade procurando a verticalização do jogo e o gol; para buscar a vitória
e um futebol bem apresentado e que o torcedor entenda bem. A seleção brasileira
tem resgatado essa forma de jogar
ofensivo e o desejo de aplicar um bom futebol . Sabemos que futebol vive por
resultados, mas a maneira de chegar aos resultados é o que me agrada e me
motiva no treinamento e dia a dia, para ser aplicado no jogo o que foi
treinado. No futebol brasileiro pelo calendário,
nem sempre, se dá o tempo necessário para o desenvolvimento do trabalho. O Paulo teve
esse tempo para desenvolver esse trabalho e isso é interessante para o treinador,
para para ter tempo de desenvolver tudo
que pensa no futebol. Já conhecemos o elenco virtualmente, mas o dia a dia é
que vai condicionar na colocação de um
padrão de jogo. Sobre o padrão de jogo que pretendo colocar, o dia a dia e o
quanto antes esperamos colocar a cara do Marquinhos Santos no São Bento.
Dificuldades nos jogos em casa:
questão mental
“Quando
fechamos com o clube, conversamos com o presidente e sobre a maior dificuldade
do São Bento que vem sendo os jogos em casa como vimos no Paulista e Série B.
Temos que trabalhar tecnicamente, taticamente, mas como principal pilar da
evolução no futebol mundial, que é a questão mental. Visto que,
estatisticamente, é uma questão não só do São Bento, mas de todas as equipes,
que têm dificuldade de jogar em casa, onde você joga com a responsabilidade da
conquista da vitória e entra com esse peso. Vemos esse trabalho mental muito
forte (para buscar a vitória em casa), no futebol europeu. Temos estudado isso
para compreender melhor esse quesito para o trabalho do dia a dia. O São que
voltar a ser forte para vencer e conquistar pontos em casa e conquistar 45
pontos que é a meta para permanecer na Serie B; e depois daí pensar em passos
maiores”.
Jogo com o CRB: o primeiro
passo
“Nosso
primeiro passo é vencer o jogo de quarta-feira com o CRB. O ambiente com
derrota causa insegurança, o que é negativo no futebol. Temos dois dias (para
trabalhar). Vimos aqui um elenco
qualificado e com comprometimento e competitividade. Um grupo que sabe onde
está e onde quer chegar. Com uma mescla
de experiência,força e juventude. Esperamos colocar uma estratégia para na
quarta resgatar a moral desta equipe. Um
time que ficou muitas rodadas como único invicto das série A,B e C. Um grupo de
valor. Vamos resgatar esse quesito mental para estrear com vitória na quarta-feira.
Temos a necessidade de pontuar no Brasileiro e o jogo com o CRB é uma final de
Copa para nós. Vamos trabalhar o conceito que queremos para uma bom futebol,
resgatar o bom futebol que o time vinha jogando, como o grade primeiro tempo contra o Londrina; vamos buscar
resgatar o que o Paulo vinha trabalhando, para time seguir vencendo. Uma Série B, onde
buscamos alcançar 45 pontos para permanecer, e depois buscar outros objetivos”.
Posse de bola e o sistema
defensivo
“Gosto
de posse de bola, mas gosto de verticalização,
de transição.Em casa temos de propor jogo, é até uma questão física, para vencer. No Londrina,
quando assumimos a equipe teve sequência e depois por causa das contusões e
jogadores negociados nosso sistema
defensivo foi comprometido e tentamos reorganizar esse sistema. O São Bento vem
mantendo essa formação e isso traz
confiança e ai começa o modelo de jogo defensivo”.
Reforços e orçamento baixo/ Saída
do Londrina
“Sobre
reforços, conversamos com a diretoria sobre reforços. Mas vamos dar crédito a esse
elenco, que chegou a essas invencibilidade e com méritos. Vamos analisar o
elenco nestes dez dias depois do jogo
com CRB, ver os jogadores em alguns
amistosos para observação, e dar sequência.
Sabemos dessa diferença de orçamento no quesito contratação. Mas a dedicação no
dia a dia será nosso parâmetro para equalizar questões do orçamento. Acredito
no grupo e na comissão técnica que ficou, e para esse enorme desafio que
assumimos essa responsabilidade. Agradeço ao Londrina, sua torcida, ao elenco e
ao presidente. Deixei claro pra ele o desejo de trabalhar em São Paulo. Sou
nascido em Santos, como atleta joguei pelo Santos e rodei o Brasil, e como
treinador rodei o Paraná, Norte e Nordeste e ainda não tinha tido chance de
trabalhar em São Paulo. Quando veio o convite do São Bento, e o presidente
insistiu para eu vir pra cá, não pensei duas vezes para comandar um clube
tradicional como o São Bento. Foi uma escolha profissional mas o coração pesou
para buscar conquistas importantes no São Bento”.
Campeão sub-15 em Votorantim e
a base do SB
“Quando
vim para cá meu coração acelerou. Fui campeão sub-15 em Votorantim com o
Atlético-PR. Foi meu primeiro título, eliminando o Santos de Neymar nas
semifinais e vencendo o Cruzeiro de Dudu, hoje no Palmeiras, na final. São emoções
que vamos resgatar neste momento no São Bento, onde queremos ver esse time quem
sabe chega a uma final de estadual.
Quanto
à base, eu o Edson Borges vimos da base.
Fomos vice-campeões da Copa São Paulo. Me coloco à disposição da para uma evolução proveitosa e agregar à base para a
revelação de atletas para o clube como fizemos no Bahia, Atletico Paranense,
Coritiba. Base é um processo de médio e longo prazo para resgate institucional
do clube e venda futura dede jogadores para o clube. Quanto mais evoluir, melhor
para a formação de atletas pela casa”.
O VIDEO DA ENTREVISTA