LUTO NO BASQUETE

LSB: Rinaldo lamenta:
"Mortari foi um espelho para todos nós"

Claudio Mortari: uma grande perda para o basquete e esporte do Brasil
Foto: LNB

Redação ER / 26/12/2025

A semana do basquete e do esporte brasileiro começou muito triste. Cláudio Mortari, ícone do basquete e do esporte brasileiro, faleceu em 25 de dezembro de 2025, em São Paulo, aos 77 anos, após enfrentar problemas de saúde nos últimos meses. Em Sorocaba, a Liga Sorocabana de Basquete lamentou a perda, e o diretor e coordenador geral do projeto LSB, Rinaldo Rodrigues, lamentou o falecimento de Cláudio Mortari nesta semana.

"Cláudio Mortari foi um profissional exemplar, que dedicou sua vida ao esporte com competência, paixão e compromisso, deixando um legado marcante para o basquete e para todos que tiveram o privilégio de conviver e aprender com ele. Neste momento de dor, nos solidarizamos com os familiares, amigos e toda a comunidade esportiva, desejando força e conforto a todos. Descanse em paz", disse Rinaldo.

Rinaldo: Mortari: grande perda para
o basquete:  Foto: LSB

Falando ao Esportivo Regional,  Rinaldo detalhou a importância do técnico ex-Sírio e Seleção Brasileira. "Não joguei contra ele como jogador. Mas como técnico inúmeras vezes nesses 20 anos. Mortari era um espelho a se seguir de como ele administrava jogadores, um gestor de atletas ou pessoas". E prosseguiu:

" Sempre fui fã dele, além disso de muito trabalho ele tinha estrela de Campeonatos. Sabia dirigir grandes estrelas e sempre foi o mais alto nível de técnico do Brasil", finalizou Rinaldo.

CARREIRA E ASCENÇÃO

Nascido em 15 de março de 1948 na capital paulista, ele teve uma breve carreira como jogador no Palmeiras, passando pelas categorias de base até o time adulto, mas aos 25 anos migrou para o comando técnico. A família optou por uma despedida reservada, e entidades como COB e CBB emitiram notas lamentando a perda de um pioneiro na formação de atletas e conquistas internacionais.

Mortari iniciou como treinador nas divisões de base do Palmeiras em 1969, conquistando seis prêmios de melhor técnico de base até 1976, quando assumiu o profissional e levou o time ao Campeonato Brasileiro de 1977, lançando Oscar Schmidt. Em 1977, transferiu-se para o Sírio, onde viveu seu auge: Mundial Interclubes (1979, primeira conquista brasileira), três Sul-Americanos de Clubes (1978, 1979, 1984), três Brasileiros (1978, 1979, 1983) e dois Paulistas (1978, 1979). Ainda em 1980, comandou a Seleção Brasileira nas Olimpíadas de Moscou.

CLUBES E TITULOS

Ao longo de mais de 40 anos, Mortari passou por clubes como Corinthians (Paulista 1985), Rio Claro (Paulista 1994, Brasileiro 1995), Mogi das Cruzes (Paulista 1996), Mackenzie/Microcamp/Barueri (Paulista 1998), Flamengo (Carioca 1999), Automóvel Clube (Copa Brasil Sul 2002), Ulbra/São Bernardo (Torneio Novo Milênio 2007), Pinheiros (Paulista 2011, Liga das Américas 2013) e São Paulo (Paulista 2021).


 No total, somou cinco Brasileiros, oito Paulistas, tricampeonato sul-americano e outros troféus, sendo eleito melhor técnico adulto pela FPB seis vezes. Seu legado inclui oito Paulistas e impacto na profissionalização do basquete nacional.

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